Saiba quem são os líderes mais procurados na hierarquia do Comando Vermelho

O principal alvo da operação era Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado pela polícia como o maior líder do Comando Vermelho, mas ele não foi capturado e segue foragido. Há outros líderes da facção que também estão sendo procurados e continuam em liberdade.

Entre eles, Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, considerado o braço operacional do grupo; Juan Breno Ramos, o BMW, conhecido como o “treinador” dos novos integrantes; e Carlos da Costa Neves, o Gardenal, líder da segurança e responsável pela expansão do tráfico na Grande Jacarepaguá.

Saiba quem são os líderes mais procurados do CV:

Doca

Edgar Alves de Andrade, vulgo Doca, é apontado como o maior líder do Comando Vermelho em liberdade. Ele possui uma ficha criminal de 189 páginas com 176 anotações por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, homicídios, tortura e porte de armas.

Com mais de 20 anos no crime, ele ocupou a posição de chefe no Comando Vermelho a partir da influência sobre o controle de territórios do tráfico e o financiamento de atividades ilícitas.

Desde que a “Operação Contenção” foi deflagrada, o Disque Denúncia está oferecendo R$ 100 mil por informações que levem à localização de Doca.

Pedro Bala

Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, acompanha Doca no alto escalão do CV. Também considerado um líder respeitado e influente no território, é gerente-geral de parte da organização e responsável por ordenar ações nas comunidades ocupadas pela facção.

BMW

Com um mandado de prisão em aberto na “Operação Contenção”, Juan Breno Ramos, o BMW, também é considerado um dos chefes do Comando Vermelho.

Investigações apontam que BMW é responsável por dar treinamento de tiro de fuzil a novos integrantes da facção na região da Pedreira, no alto do Complexo da Penha.

O suspeito também é alvo de investigação pelo envolvimento no caso do assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, em 2023, e pela morte de três crianças em Belford Roxo, em 2020.

Gardenal

Conhecido como Gardenal, Carlos da Costa Neves é o gerente-geral do tráfico no Complexo da Penha, atuando para a expansão da facção na Grande Jacarepaguá.

É apontado como o responsável pela escala de criminosos que fazem a guarda da casa de Doca e por controlar quem entra e sai do local.

Sobre a megaoperação

Balanço do Governo confirmou 121 mortes na megaoperação – 117 suspeitos e 4 policiais. Enquanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro trata a “Operação Contenção” como a maior da área de segurança dos últimos 15 anos, movimentos sociais falam em ação mais violenta da história do Estado.

Na rede social X, o Governo apresentou o balanço completo da operação, que representou, segundo o Executivo, o “maior baque que a facção já tomou em toda a sua história”.

“Uma investigação de 1 ano envolvendo todas as polícias do RJ. O foco da operação foi retirar o confronto da comunidade e levá-lo para a área de mata, protegendo a população e reduzindo os efeitos colaterais”, informou a publicação.

O Governo do Rio afirmou ainda que foram mais de 60 dias de planejamento com inteligência, levantamentos, mapas e distribuição tática das tropas. Todos os policiais estavam com câmeras corporais e “o cenário encontrado foi o previsto”, conforme o Governo.

Balanço de prisões e apreensões

• 121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais;
• 113 presos, sendo 33 de outros estados, como Ceará, Amazonas, Bahia, Pará e Pernambuco;
• 10 menores infratores apreendidos;
• 91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver apreendidos;
• 1 tonelada de drogas apreendida.