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Governo do RJ começa a divulgar identidade de mortos em operação e confirma 4 cearenses – País

O Governo do Rio de Janeiro divulgou uma lista com os primeiros nomes de mortos na megaoperação da polícia nos complexos da Penha e do Alemão, na terça-feira (28). Entre eles, foi confirmado que há quatro cearenses confirmando o que o Diário do Nordeste noticiou ainda na quarta-feira (29).

Conforme informado pelo governador Cláudio Castro, na manhã desta sexta-feira (31), dos 117 suspeitos mortos na Operação Contenção, 90 foram identificados formalmente. A maioria tinha antecedentes criminais como homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa, sendo 42 com mandados de prisão em aberto.

Entre os identificados, há suspeitos de outros estados: 4 do Ceará, 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba.

A megaoperação terminou ainda com quatro policiais mortos. Em coletiva de imprensa, Felipe Curi, chefe de Polícia Civil do RJ, e Victor Santos, secretário de Segurança Pública, divulgaram os nomes dos chefes do tráfico mortos na megaoperação:

  • Russo, chefe do tráfico em Vitória (BA);
  • DG, chefe do tráfico na Bahia (BA);
  • FB, chefe do tráfico na Bahia (BA);
  • PP, chefe do tráfico do Pará (PA);
  • Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM);
  • Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM);
  • Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA);
  • Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás (GO);
  • Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí (GO).

IML montou força-tarefa para identificação

foto de policial com dois homens dentro de uma caçamba de um veículo.

Legenda:
Maioria dos identificados tinha antecedentes criminais como homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.

Foto:
Mauro Pimentel /AFP.

Em força-tarefa montada pelo Governo no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, os corpos foram necropsiados. O acesso ao IML foi limitado, conforme a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). 

Impedida de acessar a sala da perícia e a necropsia, a Defensoria Pública e familiares dos mortos temem a falta de transparência e fiscalização dos procedimentos.

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Sobre a megaoperação

Balanço do Governo confirmou 121 mortes na megaoperação – 117 suspeitos e 4 policiais. Enquanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro trata a “Operação Contenção” como a maior da área de segurança dos últimos 15 anos, movimentos sociais falam em ação mais violenta da história do Estado.

Na rede social X, o Governo apresentou o balanço completo da operação, que representou, segundo o Executivo, o “maior baque que a facção já tomou em toda a sua história”.

“Uma investigação de 1 ano envolvendo todas as polícias do RJ. O foco da operação foi retirar o confronto da comunidade e levá-lo para a área de mata, protegendo a população e reduzindo os efeitos colaterais”, informou a publicação.

O Governo do Rio afirmou ainda que foram mais de 60 dias de planejamento com inteligência, levantamentos, mapas e distribuição tática das tropas. Todos os policiais estavam com câmeras corporais e “o cenário encontrado foi o previsto”, conforme o Governo.

Balanço de prisões e apreensões

  • 121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais;
  • 113 presos, sendo 33 de outros estados, como Ceará, Amazonas, Bahia, Pará e Pernambuco;
  • 10 menores infratores apreendidos;
  • 91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver apreendidos;
  • 1 tonelada de drogas apreendida.
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