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Entenda o que é o Brics e qual o papel do Brasil no grupo – País

O Brasil começou a sediar, neste domingo (6), no Rio de Janeiro, a reunião da 17ª Cúpula de Líderes do Brics. O encontro, cujo anfitrião este ano é o presidente Lula (PT), ocorre neste domingo e na segunda, e reúne representantes de Estado e de Governo de 21 países emergentes e participantes do bloco que é o principal foro de articulação político diplomática do Sul Global.

As lideranças se reuniram na primeira sessão pela manhã e à tarde, a partir das 16h, acontece outra sessão, que tem como tema: “Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial”.

O dia se encerra com uma recepção do presidente Lula e da primeira-dama Janja aos chefes de Estado e de Governo e aos dirigentes de Organismos Internacionais. Mas, o que é o Brics e qual a importância para o Brasil?

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Esse ano, vale destacar, o foco na defesa do multilateralismo tem como cenário de fundo as políticas protecionistas lideradas pelos Estados Unidos e a discussão em torno da ampliação de sistemas que facilitem o comércio entre os integrantes do bloco. 

O que é o BRICS?

O BRICS é um agrupamento formado por países do Sul Global e serve como foro de articulação político diplomática desses países e de cooperação em diversas áreas. 

Ele foi constituído formalmente em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, quando a primeira cúpula dos países foi realizada, na Rússia. Um ano depois, a África do Sul foi convidada a juntar-se ao bloco emergente, acrescentando o “S” ao acrônimo BRIC, tornando: BRICS. 

Esses países guardam diferenças em ideologias políticas e estruturas sociais, mas passaram a trabalhar juntos nesse mecanismo internacional e, desde que as reuniões formais começaram, foram negociados tratados de comércio e cooperação entre os cinco países.

O objetivo do BRICS é aumentar o crescimento econômico e trazer as nações emergentes para papéis de destaque global. 

Quem comanda o BRICS? 

No bloco, a troca de comando ocorre de forma rotativa entre os membros do BRICS e segue a ordem do acrônimo. Com a recente adesão de novos membros, o agrupamento deve discutir uma nova fórmula de rotatividade.

O Brasil ocupa a presidência do bloco desde 1º de janeiro de 2025 e sedia a Cúpula anual. Nela os chefes de Estado se encontram para debater os eixos sugeridos e assinar a declaração conjunta.

Durante a presidência brasileira no Brics, as prioridades em debate são cooperação em saúde global; comércio, investimento e finanças; combate à mudança do clima; governança da inteligência artificial; arquitetura multilateral de paz e segurança e desenvolvimento institucional do Brics.

Quem são os países membros?

Atualmente, 11 países são membros e mais 10 países parceiros são participantes do Brics. 

Membros efetivos

  • África do Sul
  • Arábia Saudita
  • Brasil
  • China
  • Egito
  • Emirados Árabes Unidos
  • Etiópia
  • Indonésia
  • Índia
  • Irã 
  • Rússia

Países parceiros

  • Belarus
  • Bolívia
  • Cazaquistão
  • Cuba
  • Malásia
  • Nigéria
  • Tailândia
  • Uganda
  • Uzbequistão
  • Vietnã

Esses parceiros são convidados a participar dos encontros e dos debates, mas apenas os países membros têm poder de deliberação, ou seja, podem votar nos encontros. 

Qual a relevância do Brasil no BRICS?

O Brasil é um dos países fundadores do bloco e coopera com outros países do BRICS em diversas áreas como comércio, investimento, desenvolvimento de infraestrutura, tecnologia, energia e cultura. 

Além disso, é a maior economia da América do Sul e a quinta maior do mundo, portanto, tem um papel estratégico em um bloco que visa a promoção da integração econômica e do desenvolvimento entre países do Sul Global. 

Ausências no Brasil

A Cúpula do BRICS esse ano, no entanto, está marcada por ausências importantes e isso tende a reduzir a repercussão política do evento. Uma delas: o presidente da China, Xi Jinping não veio e o país é representado pelo primeiro-ministro chinês Lo Quiang. 

Outra é a ausência do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele tem um mandado de prisão pendente emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia, e deve participar por videoconferência.

 

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