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Dois suspeitos de executar Ruy Ferraz Fontes são identificados; ex-delegado usava carro da esposa

Dois suspeitos de terem executado o delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes foram identificados após perícia da Polícia Civil em um veículo, nessa terça-feira (16). Conforme a rádio CBN, a informação foi divulgada pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O chefe da Pasta de Segurança declarou que a prisão temporária dos dois será solicitada.

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Derrite esteve no velório do ex-delegado-geral, que aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo. À imprensa, ele explicou que o primeiro suspeito foi identificado após a localização de um segundo carro usado na noite do crime.

Segundo Derrite, havia um segundo veículo que foi identificado pelo sistema de monitoramento de um automóvel que foi encontrado abandonado e no “interior desse carro a Polícia Civil, a Polícia Tecnocientífica conseguiu coletar material para identificação”. 

Não foram repassadas informações sobre a segunda pessoa detida como suspeita de ter participado no homicídio. 

Ex-delegado não usava carro blindado no dia do crime

Ruy Ferraz Fontes não utilizava um carro blindado no momento em que foi executado. Segundo apuração do G1, ele dirigia o automóvel da esposa porque o dele estava na oficina para instalação de blindagem — procedimento que reforça a estrutura do carro para resistir a disparos e até explosões, exigindo autorização do Exército Brasileiro, que pode levar de 31 a 60 dias para ser concluído.

Fontes ganhou notoriedade ao conduzir investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo responsável por mapear a organização criminosa e prender lideranças.

Apesar do histórico de enfrentamento ao crime organizado, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que ele não havia solicitado escolta, benefício oferecido a ex-delegados-gerais mediante pedido formal.

Na terça-feira (16), o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), afirmou que o secretário costumava andar armado e tinha um carro blindado em São Paulo. No entanto, apurações indicam que o veículo estava em processo de blindagem, o que fez com que Fontes utilizasse o automóvel da esposa no dia em que foi morto.

Veja o que se sabe sobre execução de ex-delegado

O ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo foi morto por volta das 18h de segunda-feira, em uma avenida do bairro Vila Mirim, que fica próximo da Prefeitura de Praia Grande e do fórum do município. 

Câmeras de segurança registraram quando o carro da vítima foi perseguido por um grupo de criminosos, acabou batendo em dois ônibus e capotando. Os homens, então, desceram do veículo e atiraram em Ruy Ferraz Fontes.

Mais de 20 disparos foram efetuados durante a ação. Os criminosos fugiram e, até a publicação deste texto, ninguém havia sido preso pelo crime. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinou mobilização da Polícia e a criação de uma força-tarefa para identificar e prender os criminosos.

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