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Em Manaus, Lula diz que Brasil ‘finalmente alcançou o andar de cima do crime organizado: a Faria Lima’

Em evento realizado em Manaus (AM), nesta terça-feira (9), o presidente Lula (PT) enalteceu a megaoperação que desarticulou um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Finalmente, alcançou o andar de cima do crime organizado: a Faria Lima, a famosa linha bancária do Brasil”, declarou o presidente, sobre a operação Carbono Oculto, coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

“Não podemos permitir que os moradores de periferias, os povos indígenas e as comunidades ribeirinhas tenham suas vidas marcadas pela violência, enquanto os endinheirados ficam impunes”, disse.

A declaração do presidente foi feita durante a cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).

Com sede em Manaus, a iniciativa inédita vai articular a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional e as forças policiais dos nove estados da Amazônia Legal para fortalecer as ações de combate ao crime na região.

Com investimento de R$ 36,7 milhões do Fundo Amazônia, o CCPI promoverá a colaboração entre os nove países amazônicos (além do Brasil, a lista tem Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.

Lula destacou o que espera da iniciativa: “O crime ocupa os lugares que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença estatal”.

“O combate à criminalidade se faz de forma integrada do ponto de vista internacional. O governo do presidente Lula enviou um projeto de emenda constitucional ao Parlamento Brasileiro exatamente para que nós possamos fazer essa integração também no plano nacional, para que a União, os Estados e o Distrito Federal e os municípios marchem junto, trocando informações de inteligência, atuando de forma coordenada no combate ao crime organizado”, destacou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que também participou da cerimônia, reforçou a importância da integração entre países na proteção da floresta e dos seus povos.

“Espero que todos nós possamos congregar essa integralidade dos diferentes aspectos que têm a ver com a Amazônia, essa integração policial. Foi aprovado que as forças sociais de toda a região se integrem neste esforço governamental, nacional, estatal. Sem povos, não há integração”, afirmou Petro.

Já a vice-presidenta do Equador, María José Pinto, disse que a iniciativa representa, também, uma proteção às crianças e aos jovens que vivem na região da floresta. “Cuidar da Amazônia não é somente proteger as árvores ou os rios, é cuidar também das pessoas que lá habitam, especialmente as crianças. As crianças são os herdeiros deste território. Elas merecem crescer livres, seguras e com esperança. Que esta seja uma semente para uma cooperação mais próxima, mais humana e mais solidária entre os nossos países”, resumiu.

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